A Operação de Loteamento do Vale da Terrugem, “7 Chaves”, caracteriza-se por ser um terreno expectante, sem uso, que apresenta alguma vegetação natural rasteira e espécies arbóreas dispersas envolvida por uma malha predominantemente habitacional. Funcionando como um "separador”, um corredor verde que separa dois núcleos da cidade. A proposta pretende criar um consenso entras das várias dimensões, estabelecer a continuidade da cidade e possibilitar que o usufruto deste espaço, em síntese qualificar esta área.
A imagem urbana proposta tem como principal elemento o vale da Terrugem, que funciona como o elemento agregador da proposta e da sua envolvente, como referido anteriormente, tem como princípio a valorização do vale, criando um espaço de recreio de excelência. As moradias e infraestruturas propostas procuram uma integração suave no terreno existente, envolvendo o vale como que com este dialogassem, proporcionando um conjunto de vistas sobre este e o rio tejo. Pretende-se que a arquitetura contribua para uma imagem comum, em harmonia com o verde público, tirando o máximo partido do terreno existente e proporcionando aos habitantes uma leitura clara do espaço através de uma arquitetura de conjunto coerente e simples. A materialidade proposta procura ser neutra e respeitar da melhor forma possível a natureza, através da sua cor e das suas características ecológicas. Através do paisagismo são criadas transições entre o espaço privado e o espaço público, atenuando o impacto que as construções possam criar e possibilitando criar barreiras visuais naturais para uma maior privacidade do interior dos lotes.
A intervenção procurou interligar o vale da Terrugem à sua envolvente através de uma proposta urbana de baixa densidade de moradias geminadas e moradias isoladas, na continuidade dos bairros vizinhos.
Propõe-se 22 lotes para habitações unifamiliares e um lote para um equipamento desportivo, cuja configuração adapta-se às condicionantes existentes no terreno, integrando-as de forma natural no desenho proposto.