A expressão 'É preciso uma aldeia para educar uma criança' revela as escolas como uma comunidade educativa que promove a aprendizagem para a vida. O objetivo é construir um espaço de integração e socialização, não apenas criando a perceção da escola como 'lar', mas também encorajando uma educação equilibrada que leva a um desenvolvimento pessoal global.
O objeto arquitetónico apresenta-se como uma metáfora da transversalidade entre a aprendizagem vertical e horizontal, estando em completa harmonia e integração com o ambiente envolvente.
O objeto proposto é entendido como um sólido de geometria pura, mais especificamente um paralelepípedo, esculpido pela subtração de outros sólidos. Para padronizar sua volumetria, conferindo uma aparência de um único sólido, é desenvolvida uma estrutura que envolve os diferentes volumes. Este elemento, composto por lâminas translúcidas orientáveis, não dinamiza apenas a fachada, mas também controla a iluminação dos espaços interiores através da rotação de diferentes conjuntos de elementos, que resulta em efeitos de luz com mudanças nos níveis de transparência e cor.
Mantendo os acessos a oeste e a este como exigido, são desenvolvidos dois átrios centrais sobrepostos, cuja dupla altura perto das entradas confere uma permeabilidade visual entre os pisos. Esses espaços são conectados por uma escadaria helicoidal com um valor simbólico e escultural, resultando em um espaço de receção dobrado ao meio.
Dentro do composto volumétrico, observa-se uma alta organização funcional e eficiência na relação e interação dos diferentes núcleos funcionais, enfatizando uma divisão programática bem-sucedida por piso.
Mais dinamismo é dado ao edifício proposto através do uso de elementos cromáticos estimulantes, com predominância da cor amarela e outras cores semelhantes, e a criação de coberturas verdes sobre os ginásios.