A proposta que se apresenta considera na sua génese conceptual a ideia base de constituir um polo urbano coerente, multifuncional e articulado com a envolvente contruída e com o ambiente natural. Esse polo tem suporte numa futura oferta de área para a instalação de atividades económicas onde se dê enfase à fixação de atividades de serviços relacionados com saúde e de apoio as atividades do futuro aeroporto do Montijo, onde a procura de quadros qualificados possa resultar na atratividade de novos residentes com maior rendimento e capazes de constituir família e gerar novas formas de vivência social, ações essas que venham a contaminar todo o restante do concelho. Por outro lado, e criando as bases de qualificação e atratividade espacial o desenho urbano conduzirá ao surgir de redes de conexão de espaços sem barreiras arquitetónicas que convide a soluções de mobilidade mais suave e deslocações de proximidade, que surge da relação de vizinhança em resultado de uma oferta diferenciada de áreas e edifícios adaptadas a novas formas de vida e de habitar. A intervenção procura preencher o espaço “vazio", entre o núcleo antigo de Santo António, a Quinta do Abrantes e a Urbanização das Casas de Sto. António, colmatando-o e aumentando o seu caracter de urbanidade. Pretende-se gerar um desenho e uma atmosfera capazes de propiciar transições suaves entre as diferentes morfologias urbanas e linhas temporais e em simultâneo com a natureza, nomeadamente entre a Mata da Machada e o espaço urbano. Procurando-se com a intervenção um “encontro” que resulte numa relação caracterizada por uma dinâmica contínua e uma perceção de um território unificado. A articulação do conceito com a realidade do espaço envolvente construído, conduziu a uma procura de eixos de continuidade e de preenchimento de vazios no tecido construído de modo a que, cuidadosamente, o novo e qualificado desenho urbano estabelecesse uma inter-relação entre espaços públicos (ruas, praças, jardins e parques) e fossem adquirindo e surgindo com formas regulares ou orgânicas com características especiais para reforçar a imagem de diversidade, e conduzissem a população aos eixos de corredores verdes, espaços públicos atrativo e estimulante a caminhada, no sentido de desincentivar o uso de veículos automóveis.